O BiodiverCidade é um fórum de discussão criado por docentes do curso de Licenciatura de Ecologia e Paisagismo da ESAViseu onde são debatidas questões de planeamento e desenvolvimento estratégico, em questões relacionadas directa ou indirectamente com o ambiente e a biodiversidade da cidade de Viseu ao nível dos recursos naturais mas também culturais.


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

"A árvore caiu...o resto foi sorte!"

Regularmente assistimos a notícias sobre a queda de árvores em espaços públicos, na maior parte das vezes sem registo de vítimas ou graves danos materiais. Aliás muito recentemente registou-se a queda de um ramo de uma tipuana (Tipuana tipu) no Jardim Constantino em Lisboa, num dia aparentemente normal, felizmente sem provocar qualquer dano porque as pessoas escutaram sinais da árvore, segundo relatos em que antes de rachar a árvore emitiu um som alto como de esgaçar que permitiu a fuga, antes de se consumar a queda. É também importante por isso educar os cidadãos para que estejam atentos aos sinais visuais ou acústicos para se prevenirem danos maiores. Não nos podemos esquecer que, tal como na ocorrência da queda das palmeiras na ilha do Porto Santo em 22 de Agosto de 2010, os autarcas podem vir a ser constituídos arguidos pelo Ministério Público em casos de danos pessoais como foram o caso em que morreram duas pessoas e uma ficou gravemente ferida. Estes casos, quando acontecem levantam sempre a questão da segurança e da prevenção. A ESAV, tem tentado ao longo destes já sete anos trabalhar de uma forma pró-activa, embora reconheçamos que pudéssemos fazer mais e melhor com uma colaboração mais intensa por parte da autarquia. Não está em causa qualquer má vontade, mas julgo alguma falta de sensibilidade e um acreditar na sorte. Temos defendido a realização de um SIG da cidade, no qual poderíamos colocar toda a informação sobre as centenas de árvores já avaliadas e desta forma possuirmos um ferramenta dinâmica de extremo valor para um sistema de alerta de árvores em risco que necessitem de ser monitorizadas. Esperamos que em breve este nosso anseio possa ser atendido, tanto mais que não são necessários custos significativos e que a mais valia obtida seria enorme com sistematização de informação existente a reverter em prevenção para o futuro. Uma outra questão tem a ver com a quem eventualmente pedir responsabilidades. O caso da figura apresentada é da responsabilidade da EDP, uma empresa aliás ao que parece com grande responsabilidade ambiental e social, só que não em Viseu ao que parece. Eu não quero ser profeta da desgraça, mas este exemplar de choupo (Populus) no local onde está e em particular agora com o movimento da Feira de São Mateus, já deveria ter suscitado uma maior atenção por parte dos repsonsáveis. A ESAV já lhe deu.

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