O BiodiverCidade é um fórum de discussão criado por docentes do curso de Licenciatura de Ecologia e Paisagismo da ESAViseu onde são debatidas questões de planeamento e desenvolvimento estratégico, em questões relacionadas directa ou indirectamente com o ambiente e a biodiversidade da cidade de Viseu ao nível dos recursos naturais mas também culturais.


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mais um dia sem carros...!


adefesadefaro.blogspot.com
Estranhamente hoje, em Viseu, andavam poucas pessoas nas ruas pela manhã. Era um dia feriado, mas deve haver uma explicação para o ocorrido. Este dia 21 de Setembro, feriado municipal, era normalmente usado pela autarquia para aderir ao dia europeu sem carros. Como a moda acabou, a autarquia decidiu não manter o dia sem carros. Um erro crasso porque esta iniciativa ajudava a mudar metalidades e a fomentar o andar a pé, só que as mentalidades não se mudam de um dia para o outro. O facto de estarmos a passar um momento de crise ainda acentuava mais a importância desta acção. Quando é para a fotografia, todos gostam de ficar. Se não há fotografia ou TVs já ninguém quer aderir. A moda não é andarmos todos juntos. Às vezes é sermos diferentes. Salva-se o facto de disponibilizarem os autocarros eléctricos. Esta medida devia ser estendida a um ou mais dias todas as semanas. Outra medida seria tirar os carros do centro histórico e colocar os autocarros eléctricos a circular pela zona. Não é fácil mudar mentalidades mas se não tentarmos não saberemos quais os resultados. 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A Tilia...nos melhores anos...de Aquilino Ribeiro!


A pedido de um amigo, como se de uma ordem se tratasse, fiz uma pequena pesquisa sobre as virtudes e desventuras da Tilia. Já não é a primeira vez que aqui falamos da Tilia, aliás desta árvore que "põe arreganho na sua toilette" como refere Aquilino Ribeiro. Que faz acalmar os nervosos e tanto mais. Mas gostaria de vos relatar as coincidências da pesquisa e como, o procurarmos saber mais é apaixonante. Sob ponto de vista gastronómico tem imensas curiosidades. O fruto quando imaturo tem um aroma achocolatado, que foi aliás explorado por Missa, um químico Francês do séc. 18 embora sem grande sucesso porque é de dificil conservação. Contudo pode ser usado como substituto do café ou do chocolate. As folhas, as flores e os frutos são comestíveis, contudo as flores mais envelhecidas podem apresentar efeitos narcóticos. As folhas jovens podem ser usadas em saladas e também podem ser usadas para produzir uma farinha com aplicações culinárias. Aliás esta aplicação remonta à altura da segunda grande guerra, em que se fazia apelo a quase tudo para consumo alimentar. Como as folhas contêm um elevado teor de acúcares invertidos são prontamente metabolizados pelos diabéticos com vantagens inegáveis. A seiva também pode ser usada para produzir um xarope. Outra aplicação refere-se ao mel de qualidade extrema que é produzido a partir das flores das tilias. Assim, da tilia podemos beber uma infusão com mel de tília e fazer acompanhar com um bolinhos de farinha de tilia com sabor achocolatado. Vou propor às minhas colegas que têm a Bimbi...que são então "Bimbas". O que tem graça é o que há bolos e chocolates Linden (tradução de tilia em inglês) que tem a ver, aparentemente, pelo proprietários se chamarem Linden e não pelo facto de serem feitos de tilia. A tilia constitui verdadeiramente um ex-libris desta nossa cidade, até já sinto que é minha,  e é preciso defendê-la como diz e bem o mestre Aquilino Ribeiro, que hoje faz anos que nasceu, em 13 de Setembro de 1885, no Carregal, concelho de Sernancelhe e que haverá hoje uma evocação do aniversário do seu nascimento na Fundação Aquilino Ribeiro na Soutosa, pelas 20.30h, com a apresentação da nova imagem da Fundação pelos Municípios de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva, a apresentação do filme: “O Douro nos Caminhos da Literatura – Aquilino Ribeiro” e intervenções de Alberto Correia e António Augusto Fernandes (Direcção do CEAR). Apareçam....




segunda-feira, 12 de setembro de 2011

"A árvore caiu...o resto foi sorte!"

Regularmente assistimos a notícias sobre a queda de árvores em espaços públicos, na maior parte das vezes sem registo de vítimas ou graves danos materiais. Aliás muito recentemente registou-se a queda de um ramo de uma tipuana (Tipuana tipu) no Jardim Constantino em Lisboa, num dia aparentemente normal, felizmente sem provocar qualquer dano porque as pessoas escutaram sinais da árvore, segundo relatos em que antes de rachar a árvore emitiu um som alto como de esgaçar que permitiu a fuga, antes de se consumar a queda. É também importante por isso educar os cidadãos para que estejam atentos aos sinais visuais ou acústicos para se prevenirem danos maiores. Não nos podemos esquecer que, tal como na ocorrência da queda das palmeiras na ilha do Porto Santo em 22 de Agosto de 2010, os autarcas podem vir a ser constituídos arguidos pelo Ministério Público em casos de danos pessoais como foram o caso em que morreram duas pessoas e uma ficou gravemente ferida. Estes casos, quando acontecem levantam sempre a questão da segurança e da prevenção. A ESAV, tem tentado ao longo destes já sete anos trabalhar de uma forma pró-activa, embora reconheçamos que pudéssemos fazer mais e melhor com uma colaboração mais intensa por parte da autarquia. Não está em causa qualquer má vontade, mas julgo alguma falta de sensibilidade e um acreditar na sorte. Temos defendido a realização de um SIG da cidade, no qual poderíamos colocar toda a informação sobre as centenas de árvores já avaliadas e desta forma possuirmos um ferramenta dinâmica de extremo valor para um sistema de alerta de árvores em risco que necessitem de ser monitorizadas. Esperamos que em breve este nosso anseio possa ser atendido, tanto mais que não são necessários custos significativos e que a mais valia obtida seria enorme com sistematização de informação existente a reverter em prevenção para o futuro. Uma outra questão tem a ver com a quem eventualmente pedir responsabilidades. O caso da figura apresentada é da responsabilidade da EDP, uma empresa aliás ao que parece com grande responsabilidade ambiental e social, só que não em Viseu ao que parece. Eu não quero ser profeta da desgraça, mas este exemplar de choupo (Populus) no local onde está e em particular agora com o movimento da Feira de São Mateus, já deveria ter suscitado uma maior atenção por parte dos repsonsáveis. A ESAV já lhe deu.