O BiodiverCidade é um fórum de discussão criado por docentes do curso de Licenciatura de Ecologia e Paisagismo da ESAViseu onde são debatidas questões de planeamento e desenvolvimento estratégico, em questões relacionadas directa ou indirectamente com o ambiente e a biodiversidade da cidade de Viseu ao nível dos recursos naturais mas também culturais.


domingo, 28 de fevereiro de 2010

Depois da Tempestade...a BONANÇA


O nosso planeta parece estar a querer rebentar por dentro e isso sente-se por fora, ou o contrário está tão mal por fora que afecta o seu cerne. Só esperamos que as ideias de sequestrar o dióxido de carbono parno interior da Terra não esteja a dar sinais que não será uma boa ideia, ou a extracção excessiva do petróleo e gás natural possa estar a corromper alguma estabilidade do manto ou da crosta, digo eu!
A nossa cidade parece ter resistido bem ao temporal previsto e não há dúvida que temos que agradecer aos meios e competências dos nosso serviços de meteorologia (agora já não designados de mentereologia) que fizeram com que as pessoas ficassem mais por casa e evitassem males maiores. Pena foi que a EDP não tivesse colaborado, porque ao que parece um milhão de pessoas ficaram sem luz até às 19 horas e 150 mil até mais tarde. Para mal dos meus azares tive que estar nos tais 150.000. Olhem que se fosse para sair o euromilhões estaria nos outros nove milhões seguramente, digo eu!
Dito isto, tive de sair de casa quando começou a escurecer e felizmente já estava a começar a bonança. Tive oportunidade de verificar com os meus olhos que Viseu resistiu aparentemente muito bem ao temporal. Nestas ocasiões lá vêem o raio das árvores, são um grande problema e inclusivamente matam crianças, neste caso o infortúnio foi em Paredes. Neste caso, Viseu tem a fama de ser uma cidade verde com muitas árvores e tem que ter o proveito reduzindo ao mínimo os impactos e os riscos.
Já avaliei em Viseu mais de 300 árvores em relação ao seu estado fitossanitário e biomecânico e estou disponível para em colaboração com a edilidade monitorizarmos este património verde, se for essa a intenção do município. Este trabalho só foi possível fazer com a disponibilidade e saber dos alunos da ESAV. Não falem em falta de verbas porque até agora nem um agradecimento tivemos, para não falarmos que tudo isto foi feito a custo zero...para a CMV. Por isto no que respeita às árvores de Viseu, sei do que falo.
Falemos das podas das árvores de Viseu que no ano passado sofreram uma significativa melhoria de procedimentos quer em termos técnicos quer em termos de eficácia com o material resultante da poda a ser imediatamente estilhaçado, colocado numa caixa de tractor e conduzido a uma central de biomassa ou similar, digo eu!
Este ano os podadores pareciam acrobatas para não dizer outra coisa seguros por escadas, graças a Deus não houve nenhuma desgraça, que se soubesse. Mas andaram a brincar com o fogo e com o trânsito porque estavam mal sinalizados e os ramos caiam para a estrada e às vezes acertavam nos carros, enfim voltamos um pouco aos bons velhos tempos. Ainda bem que houve o ano passado para vermos que há quem trabalhe muito bem nesta área e confesso não sei qual foi o nome da firma e este ano era só limar algumas arestas porque o grosso da poda foi efectuado o ano passado.
Vou-lhes falar só de um caso particular para verem como é importante existir uma relação directa entre técnicos e a autarquia para evitarmos males maiores. Quando saí de casa, porque era um dos tais 150 mil, passei por um carvalho com um rastro de destruição com uma enorme quantidade de ramos caídos. Pensei que o cenário poderia ser replicado por muitas das árvores da nossa cidade. Felizmente não! Qual a razão? Este carvalho, à semelhança de outro ao seu lado, está no depósito de água do Campo que foi alvo de uma obra de requalificação há dois anos e nunca mais acordou, porque o solo foi impermeabilizado com alcatrão e sabe-se lá mais o que fizeram a esta árvore. Constituem agora os dois um monumento ao Carvalho, feitos de madeira e até parecem reais. Apenas falta a placa alusiva ao monumento. Aqui Jaz Quercus robur. Sugiro que coloquem também uma placa de estacionamento proibido porque qualquer dia podem cair, quando o alcatrão começar a abrir brechas e lá entramos todos em despesas. Ah, a propósito é um monumento para se ver ao longe.
São exemplos como estes que reflectem a importância de termos de estar todos atentos e de uma parceria entre técnicos e autarquia ser fundamental para ajudarmos todos a preservar as nossas árvores desta cidade verde. Reitero a disponibilidade para auxiliar a autarquia onde resido para minimizarmos os riscos e em parceria ajudarmos a manter o cenário desta nossa urbe e fazer com que as pessoas olhem para as árvores com respeito e se saibam preservar também de algum risco que sempre criam.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

partilhARTE... Museu Grão Vasco/BCP/IPV


O IPV em parceria com o Museu Grão Vasco ajudaram a divulgar e partilhar o espólio artístico radicado na pintura do Millenium BCP. O IPV e o BCP partilham o nome Millenium. No caso o IPV possui uma revista de cariz cultural e científico que em muito o engrandece e que comunga o nome Millenium com a designação do próprio banco. Provavelmente estarão os dois virados para este novo milénio e sugiro que possam ter mais iniciativas em conjunto e que se ajudem mutuamente, inclusivamente o banco ajudar a patrocionar a própria revista do Instituto como o IPV responder a solicitações do próprio banco, e seguramente não terei de dar ideias para essa frutuosa relação.

Mas falemos da exposição. Estão lá os expoentes máximos da Pintura Portuguesa, José Malhoa, Columbano Bordalo Pinheiro, Amadeo de Souza-Cardoso, José de Almada Negreiros, Maria Helena Vieira da Silva, Paula Rego, Júlio Pomar, Manuel Cargaleiro, entre muito outros. Quero felicitar quem no IPV pensou e realizou esta actividade e quem a divulgou e permitiu que docentes e funcionários do IPV a pudessem visitar. Agradecer a quem nos ensinou a perceber a exposição e abrir as nossas mentes e gerar novas interpretações daquelas pinturas, ou seja à nossa guia. Durante a próxima semana ocorrerão visistas guiadas e convido todos a visitarem esta exposição e irei aproveitar para levar os alunos da ESAV, especialmente os de Ecologia e Paisagismo a terem a oportunidade de poderem ver arte deste nível ao vivo e poderem deleitarem-se nas interpretações várias que muitas das obras suscitam. O Muito Obrigado pela iniciativa. Parabéns a todos os que trabalharam para ser possível.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Nem sempre se vê melhor ao perto ...


Quero, nesta minha primeira intervenção no BiodiverCidade, felicitar o seu fundador pela visão ao longe que tem. Força Paulo. Como sabem, podem contar comigo para estas iniciativas que deverão ser acarinhadas e aglutinadoras de gentes de boa fé. Não que tenha muito tempo, mas para estas coisas arranja-se sempre algum, pois é daqui que surgem as grandes alavancas.

Falando em visão ao longe e ao perto e, para os que perdem todo o tempo da sua vida com a lupa na mão procurando soluções impossíveis, pousem-na de vez em quando e afastem-se do alvo... vão ver que o verão com outros olhos quando enquadrado noutra dimensão. Senão, reparem na imagem...

Viseu é a minha PRAIA


Tenho o enorme prazer de viver em Viseu e poder usufruir de uma cidade “incrustada” na paisagem Beirã, daí poder dizer que Viseu é a minha praia. As serras, a floresta, os prados, os vinhedos, os pomares, as hortas, retalhados pelos rios criam um mosaico de unidades de paisagem que fazem da Beira uma rica paisagem multiforme. Mas hoje falemos dos rios e das praias fluviais.
Eu diria que não é necessário levar à letra a expressão a ponto de querer fazer uma praia em Viseu para nos sentirmos bem. Será que foi realizado um estudo de opinião como o realizado por exemplo para a criação do Palácio do Gelo em que se contabilizaram as populações alvo em redor de Viseu para justificar a sua criação. Será crível pensar que as pessoas de Vila Nova de Paiva, Vouzela, São Pedro do Sul, Santa Comba Dão, Aguiar da Beira entre outras irão preferir a praia fluvial de Viseu às suas que são até mais naturalizadas. E as pessoas de Viseu irão passear-se ao longo do Pavia em biquíni, quiçá em monoquini?
Se quiserem a minha opinião esta ideia no início não irá resultar e então haverá que investir mais verba na criação de ondas artificiais e em géisers para criar espectacularidade e ainda provavelmente serão plantadas palmeiras. Eu sei e não é sequer minha intenção mudar planos estratégicos para a cidade e desta forma deixo a minha sugestão de outras praias fluviais do País e do Estrangeiro.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Como a Geografia pode impulsionar a sua empresa

Embora desenquadrado do actual rumo estratégico da ESAV, validado por maioria decisória, pela crescente actualidade e pertinência, não podia deixar de partilhar o suplemento especial, publicado na edição de 25/02/2010 do Diário Económico, dedicado aos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), intitulado "Como a Geografia pode impulsionar a sua empresa", que inclui, entre outros, artigos de opinião de empresas no sector SIG, a evolução da formação nas tecnologias geoespaciais e algumas referências de aplicação dos SIGs.

Audácia da iniciativa

Caros utilizadores

Nesta minha primeira intervenção, não posso deixar de felicitar a audácia da iniciativa, esperando que resulte num profícuo espaço transdisciplinar, de reflexão e partilha de ideias, assim como de trabalho partilhado e colaborativo.

Viseu Renova os seus JUDAS!


Não tenhamos qualquer dúvida que os que vivem em Viseu têm o privilégio de ter os seus jardins impecavelmente tratados. Há méritos políticos mas acima de tudo gostaria de dar os parabéns aos jardineiros e a quem os comanda. Quero mostrar mais um exemplo de como se cuidam das nossas árvores. Na rua António José de Almeida foram subsitutídas as velhas olaias já muito degradadas e que colocavam a segurança de transeuntes e automóveis em risco por novas árvores igualmente olaias, também designadas árvores de judas.
Na ESAViseu já em tempos homenageamos as árvores da nossa cidade. Aqui fica o exemplo da Olaia (Cercis siliquastrum).


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Um Monumento ao CARVALHO


Passados alguns séculos o carvalho (Quercus robur) foi finalmente podado. A quem temos que agradecer?
Não nos podemos esquecer que esta árvore é considerada um monumento Nacional e devia ser protegida por esse facto. Mas infelizmente a sensibilidade ecológica e patrimonial ainda não é suficiente para sabermos preservar os nossos "monumentos verdes". Agora resta saber se ela irá ainda a tempo de recuperar a sua forma, o seu verde e o seu vigor, e confirmar a verdade do lema... "mais vale tarde do que nunca!". Estaremos cá para ver.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Salvem o Mostajeiro da Escola Superior Agrária de Viseu












O Mostajeiro é uma árvore da espécie Sorbus latifolia que está em risco de abate com o alargamento da estrada de Nelas.
Este exemplar deve ser transplantado para os terrenos da ESAViseu e devidamente valorizado, pois os seus frutos
permitem fazer um doce maravilhoso.